Há um ano que não posto no meu velho blog, de mil coisas e tal. Acordei hoje curiosa em rever meus escritos, nos tempos bons do governo Lula, de Antonina, de netos pequenos e descobridores do mundo efervescente do quintal da minha casa, cheio de borboletas, joaninhas, cobras e lagartos, literalmente, e frutas e passarinhos, gafanhotos, formigas, cachorros. Era um mundo em que o tempo passava devagarinho, de cuidar de flores e verduras, de gente grande e pequena. Grandes tempestades, lindos amanheceres cheios de piados, trinados, latidos, risos. Mas a vida vai acontecendo mesmo que a gente não queira, vem o choro, as partidas, as retomadas, aprender a gente aprende, recordar a gente recorda, mas não é bom. Páginas do tempo viradas, muita água passou pelos riachos e cachoeiras dessa vida. Voltar não volta, né? como fazer descrescer uma criança, nascer de volta uma árvore que tombou, parar e consertar um país que foi escoando pelo ralo, uma cidade que foi só se desmanchando, um povo que perdeu o rumo, uns amigos que sumiram por estradas diferentes da minha, na encruzilhada decisiva que cada um toma e por sua própria vontade? Não tem jeito. Tem covid para a gente se entocar e ficar longe de tudo. Tem nazistas pra nos intimidar e tenho medo de usar minha estrela vermelha na máscara e morrer de morte matada. Um tempo que passa, a cada suspiro foi o dia. Um animal selvagem chamado celular, que tem vida própria e fica me levando os minutos e as horas, gritando que isso e aquilo. Gostava mais quando a gente debatia com a companheirada, correntes e tendências, filosofando sobre o mundo que a gente queria para nós e para todos. Agora só lutando para voltar ao normal, juntando gente de outros interesses pra tornar uma corrente mais comprida, mais volumosa, capaz de rasgar o escuro e deixar o sol entrar. Um desabafo. Muita esperança, Saudades.
segunda-feira, 20 de junho de 2022
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