sexta-feira, 27 de julho de 2012

Notas de Campanha IV - A campanha e este frio

Com esse frio aqui em Antonina, e essa chuva danada, que se mete até dentro de casa de tão fina, sair para a campanha? Tomara que meus candidatos a vereador@s, meu prefeito e minha vice  não estejam com este meu ânimo! Arre! A máquina de lavar pifou e tenho pilhas de roupas para lavar, mas sou dona de casa moderna e ninguém ouse me pedir pra lavar no tanque. Ninguém merece lavar roupa no tanque. Fico aqui pensando na minha querida mãe, que lavava roupa cantando, e quarava num canteiro de poejo. Nossa roupa limpa tinha cheiro de hortelã. Mas naquele tempo roupa era coisa cara, ninguém tinha tanta roupa como a minha família tem hoje em dia. É meia, cuecas e calçolas, uma infinidade de camisetas de todas as cores. Criança de hoje nem imagina o que acontecia com as do meu tempo, se chegasse em casa faltando um botão no vestido, uma bainha desmanchada. Ah, e a gente sabia pregar botão e costurar a bainha. Todos sabiam, meninas e meninos, pelo menos da minha família. Minha mãe era feminista roxa e me ensinou direitinho, tanto que estou agora aqui no computador, esperando o Paulo que foi buscar o "seu" Marcelo pra consertar a máquina. MORTA de frio, com o pé gelado. Velhinhas sentem mais frio que vocês, meus caros e minhas caras. VOTEM NO PT!!!!!
Com esse frio, se ninguém for hoje na sua casa pedir  voto, considere este meu pedido. 

terça-feira, 24 de julho de 2012

Notas de Campanha III







A gripe me pegou, estou de molho em casa. Mas os companheiros estão na luta! Vamos todos, todos os dias, mostrar as propostas para fazer a ANTONINA QUE QUEREMOS! Agendas nos quatro cantos de Antonina, os vereadores e as vereadoras que vão fazer a diferença.

Notas de Campanha II

Ao longo da caminhada de militância, a gente descobre que é muito fácil fazer a  luta pelo direito, pela igualdade, pela justiça. Quem está deste lado não tem medo de dizer a verdade, pode falar com estes e aqueles e ter o respeito do  adversário e do aliado. Um anônimo, uma vez, no blog do meu amigo Luiz Henrique, me chamou de festiva. Eu, que estou deste lado desde muito jovem (quando eu tinha quinze anos o país foi tomado pelos militares), sei muito bem o que a gente costumava chamar de festiva(o). Eram os meninos e meninas bem nascidos, que gostavam de andar nas rodas da esquerda e tinham discursos na ponta da língua, mas que na hora do "vamo vê" fugiam de medo. Eu nunca fui festiva e minha luta se deu no movimento sindical. Não era a militante no partido , mas fiz as greves e participei das lutas pela democratização. Festiva é a mãe!
 Desculpem, o festiva estalava entalado na garganta.

domingo, 22 de julho de 2012

Ou feia, ou bonita, ninguém acredita na vida real.

Este texto é uma resposta aos meu querido e incondicional amigo Luiz Henrique, que insiste em considerar Canduca um homem traído por gente malvada e louca pelo poder.

Antonina, como toda cidade pequena, sofre do mal das línguas soltas. Pessoas que não participam de fatos tendem a inventar as brechas do que ouvem falar e constroem sua própria verdade.  Numa cidade grande você precisa ser muito conhecido para ser alvo de comentários. Já em cidades pequenas, como Antonina, seu Maneco das Couves, dona Maria da Quitanda e o jovem Pé de Mesa, por exemplo, tem -também não me acostumo com a falta do acento- sua vida representada na praça por diversos atores. A boca maldita da cidade (Jequiti) ferve todos os dias, desde junho, com uma conversa mole de traição ao pobre (???) e ingênuo (!!!!) alcaide. Pois bem, vamos agora aos fatos: no ano passado, o PT saiu do governo municipal, depois de muita discussão interna, por ter constatado que na verdade nunca pode participar de fato do tal governo. A passagem pela secretaria do meio ambiente foi meteórica, por impedimentos burocráticos e legais (incompatibilidade de horários nos dois cargos exercidos). Os outros secretários sempre trataram suas secretarias como um emprego, os assuntos não eram discutidos com o partido. Quase todo os requerimentos apresentados pela vereadora Marga no legislativo foram ignorados pelo executivo. Então, ao sair do governo, o regulamento do partido prevê que cargos de confiança devem ser entregues, e isso é coerência. Mas as pessoas não queriam entregar o cargo, então responderam  processo administrativo por  infidelidade partidária e foram expulsas.  No mesmo momento, o PT decidiu caminhar com suas pernas, com uma candidatura própria. Ponto.

Depois disso, o ano de 2012, das eleições, começou cedo pro PT de Antonina. Em 04 de fevereiro, no Recanto das Bromélias, fizemos um encontro de planejamento. Nesse encontro, discutimos alianças, construção do programa de governo, possíveis pré-candidatos, etc. E depois disso partimos pra luta: conversas com líderes de outros partidos aliados do governo federal,  43 reuniões sobre todos os temas do programa de governo com lideranças dos movimentos sociais e especialistas nos assuntos, estudos sobre legislação eleitoral, políticas públicas do Governo Federal, capacitação dos pré-candidatos. Neste processo de construção das candidaturas, tanto majoritária como proporcionais, percebemos que precisávamos nos aliar a outros partidos para a implantação do programa. Para acabar com o preconceito contra nossas bandeiras usamos a mesma estratégia  que o nosso querido companheiro Lula usou para se eleger presidente do país. E queremos ganhar esta eleição e mostrar aos antoninenses que não temos parte com o capeta. Ponto.

Daí que nesses seis meses de trabalho duro, nosso alcaide dormia em berço esplêndido. Contava decerto com o fato de que, na campanha anterior, não havia mexido um dedo, nem precisava, todo mundo fazia tudo pra ele. Contratou o expulsadinho bolinado pra falar  coisas na rádio. Um camarada que entrou no PT com a intenção de ser prefeito e de lá saiu quando viu que não ia dar. Contratou esse cara, que não julga traidor, mas que assinou, encabeçando a lista, um documento que pedia o rompimento do PT com o governo Canduca. Enquanto isso, Zé Paulo, secretário da saúde do município, saiu no tempo hábil para participar das eleições, com o conhecimento pleno do alcaide. Muitas evidências, para quem estava no bonde, davam conta de que ele seria o sucessor. O simpático alcaide não queria brincar mais, estava cansado. Promovia seu amigo e o disse em alto e bom som, muitas vezes, com platéia e testemunhas. Como não se mexia para articular a sua reeleição, indagado por suas bases, fazia ouvidos moucos e, vocês sabem, em futebol, quem não faz, toma. Em política também. Chegou o prazo para que os partidos mostrassem suas caras, e ele, o alcaide indeciso e silencioso, nada. Um mistério. Zé Paulo, amigo leal - eu tenho certeza disso -  adiava declarar-se candidato enquanto não fosse liberado por seu parceiro e mentor, o que aconteceu diante de uma platéia na inauguração do CAPS. Ponto.

A gritaceira se deu nas vozes de quem? Adivinhem! Dos que estão em postos de comando, que sentem, como personagem de novela das sete, o sucesso fugindo, o carguinho se desmilinguindo, o salário sumindo. O poder vicia alguns e corrompe outros. Quem procura por ele para seu próprio uso e benefício não se conforma com as voltas que mundo dá. Sair do palco, tirar a maquiagem, passar desapercebido, quem há-de? Não é o caso do alcaide, rapaz de boa índole, um Luís XVI, mas de sua corte, que teme o povo e a revolução, e não tem nenhum brioche de goiaba na algibeira.

Traição? Golpe? Menos. Digamos que, plagiando Vinícius de Moraes,  uma rede e um gato pra passar a mão, depois de lauta feijoada, vicia o corpo. Preguiça, este é o termo.