sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cinema Secreto: Cinegnose: O Sono da Ciência no filme "Ladrão de Sonhos"

Cinema Secreto: Cinegnose: O Sono da Ciência no filme "Ladrão de Sonhos"

Sobre o discurso do padre na câmara...


Ainda e para que não esqueçam, volto às vacas frias, que por sinal só fazem esquentar:

     Disse ele que somos nós,  da AMBB, um bando de aposentados que não tem o que fazer.  Somos, mesmo,  aposentados (  alguns dos sócios da AMBB). Temos também comerciantes respeitados pela comunidade,  fisioterapeutas em pleno exercício de sua profissão, empregadas domésticas, donas de casa, professores, trabalhadores no comércio, estivadores, empresários, funcionários públicos, alguns católicos, alguns evangélicos, kardecistas, outros poucos ateus.  Os aposentados tem mais tempo livre para fazer alguns trabalhos e o fazem voluntariamente, como de resto são todos os trabalhos desenvolvidos em associações de bairro.
     Desde a sua fundação, a AMBB tem expedido (com protocolo) ofícios para a prefeitura, a câmara de vereadores, o fórum, a delegacia, polícia militar, escolas da comunidade. Muitos ofícios, que podem ser vistos por qualquer cidadão do bairro e da cidade. Esses ofícios solicitam melhorias para o bairro, pedem esclarecimentos sobre fatos, denunciam irregularidades. Não temos nenhum motivo para ocultar qualquer dos nossos documentos, todos eles expressam a legítima atividade de uma associação de bairro.
     Uma das atividades da associação (entre outras) foi ter participado do trabalho voluntário da Igreja São João Baptista por ocasião do 11 de março. Embora o prefeito tenha dito na rádio que não viu nenhuma associação ajudando nessa ocasião,  o padre deve lembrar muito bem disso, pois foi a AMBB quem organizou, digitou e entregou a ele um cadastro dos atingidos pela tragédia,  que procuravam ajuda e donativos da igreja. Um cadastro muito bem feito, que levou dias e pelo menos duas noites para ser feito.  O cadastro foi usado para distribuir todas as doações recebidas. Um cadastro estratégico, que foi e provavelmente está sendo útil ao Senhor Padre. Um cadastro feito por desocupados como aposentados  da AMBB e professor@s do bairro e da cidade. Gente que não se ocupa dos outros, segundo ele.
    Nossa presidenta ficou à disposição do padre para organizar o grupo de voluntários por dias. Provavelmente, a amnésia que o atinge é dessas convenientes, que nos faz lembrar só o que nos interessa.
        Isso é só para rebater  um pouco o discurso do padre progressista. Como sou velhinha e aposentada, vou lembrando das coisas aos poucos, mas a minha amnésia é legítima e minhas lembranças são documentadas.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A votação da Câmara de Vereadores e eu.

          Como se esperava, a alteração do Plano Diretor foi aprovada ontem pelos vereadores. Surpresa para os eleitores de Margarete foi o seu voto a favor. Isso exige uma discussão à parte, que farei no momento devido.
          O que me impressionou foi a fumaça que os favoráveis à alteração jogaram sobre os olhos da platéia selecionada: de que a AMBB é contra o progresso e os empregos. Mais ainda, que seríamos o retrocesso de quem já tem o seu ganha pão garantido e dos que esperam pelos novos empregos. Em nenhum momento o padre Marcos, defensor da Fortesolo, falou da ilegalidade da construção do barracão, nem da falta de discussão do tema com a população DIRETAMENTE AFETADA, da qual, senhor  padre, senhor prefeito, senhores e senhora Vereador@s, faço parte. Moro nas Malvinas. Minha casa fica bem no lugar onde o prefeito quer instalar uma área industrial. Estou aposentada,senhor padre, e o único patrimônio da minha família é esta casa, que os senhores pretendem transformar em pó (de adubo e quem sabe do que mais).
          Não me envergonho de fazer a luta política, porque qualquer reivindicação de cidadãos é luta política. Lutar pelos direitos (meus e dos outros) não é vergonha nenhuma, senhor padre. Sua igreja sempre tentou vender essa imagem, de que os cordeiros de Deus devem mugir somente quando o padre deixar, e serem tangidos para onde a igreja quiser ou for do interesse dela. O senhor não vai conseguir me fazer sentir envergonhada de lutar pelos meus direitos e da minha família. Direito de morar num bairro decente, sem poluição, sem sujeira, sem perigos. 
        O senhor sabe que a questão não é de empregos. O senhor sabe que os empregos podem ser construídos no local adequado. O senhor sabe porque a Fortesolo não quer construir no porto e sim na entrada da cidade. Porque o senhor e o prefeito não querem contar isso para a população? Eu quero saber. Eu TENHO O DIREITO ASSEGURADO EM LEI  DE SABER. A Lei 20/2008 me assegura esse direito.
            O senhor jogou fumaça nos olhos dos rapazes fortões convidados a lhe aplaudir. Não ouviu, ou fingiu não ouvir a fala da AMBB. Nossa fala pedia a legalidade do processo. Não dissemos, em nenhum momento que somos contra os empregos. PORQUE ESSES EMPREGOS TEM QUE SER CONSTRUÍDOS NOS BAIRROS POPULOSOS, NA ENTRADA DA CIDADE? Nem o senhor, nem a Câmara, nem o prefeito respondem a essa pergunta.
             Por fim, senhor@s todos envolvidos nessa grande trapaça, asseguro que não vou parar de lutar. Lutar não é vergonha. Vou combater o bom combate, como fizeram meus pais e como a minha família, da qual muito me orgulho, sempre fez. 
             Que Deus se compadece da alma do padre. Ou não (como diria aquele velho compositor baiano).

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Hoje, pela Rádio Serra do Mar...

... as 09:00 h, debate sobre as propostas de mudança do Plano Diretor. Ouçam todos (www.serradomaram1520.com.br).
      É importante saber que a questão NÃO É a geração de empregos. Ninguém quer obstar os empregos em Antonina. O que os moradores dos bairros atingidos pela proposta de mudança querem é que essas indústrias sejam construídas na região do porto, local adequado para elas.
      Deixem os bairros mistos, residenciais e de preservação PELO MENOS COMO ESTÃO. O que nós defendemos é a nossa paz. Nosso lar, nossos filhos, a nossa segurança, a nossa saúde. O que nós queremos é que qualquer mudança no Plano Diretor obedeça às leis do município em vigor. Que sejam debatidas com a população. Não é pouco, pessoal, vamos lá, vamos ouvir o debate, vamos à sessão da Câmara. Nós, do Batel, contamos com você, morador. Vamos pedir que Deus ilumine o coração e a mente dos vereadores, para fazerem o que foram eleitos para fazer: representar e defender os direitos dos cidadãos de Antonina.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Diário de um "garoto": 14/02/2012 a decisão ...

O Diário de um "garoto": 14/02/2012 a decisão ...: Como muitos já sabem, nessa terça que vem (14/02/2012), será votada, na câmara de vereadores, a mudança do Plano Diretor de Antonina. Os ...

O Diário de um "garoto": 14/02/2012 a decisão ...

O Diário de um "garoto": 14/02/2012 a decisão ...: Como muitos já sabem, nessa terça que vem (14/02/2012), será votada, na câmara de vereadores, a mudança do Plano Diretor de Antonina. Os ...

Antonina à venda

 

 Reproduzo abaixo o texto de Marcos Maranhão, publicado no Correio do Litoral.

Antonina à venda

A construção de barracões irregulares em Antonina é a principal política da Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores. Com manobras ilícitas e mentiras absurdas sobre geração de empregos, querem vender a cidade para uma empresa de fertilizantes químicos.

Fora isto, pretendem ampliar a zona portuária para as zonas turísticas e também para áreas de preservação permanente. Vale lembrar que estamos na porção mais preservada de remanescente da floresta atlântica contínua (área amplamente divulgada nas estradas pela Ecovia como protegida), ou seja, se ninguém leva em consideração o Código Florestal, o Plano Diretor Municipal, o PDZPO, tem mais uma questão que os senhores devem considerar, que é a Lei da Mata Atlântica (LEI Nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006).

A Prefeitura Municipal fala em geração de empregos nos portos, mas nada faz pelo turismo, que além de já gerar inúmeros empregos, com uma ajudazinha só da prefeitura, possibilitaria um aumento muito mais significante no número de empregos e com muito mais qualidade de vida que num porto.

Além disso, livraria as cidades de Antonina e Morretes do desmatamento, da expulsão de comunidades tradicionais, da especulação imobiliária, da prostituição e todas as doenças e problemas de saúde pública que dela resultam, da contaminação ambiental, da formação de favelas, do tráfego excessivo de caminhões derrubando soja e fertilizantes, que afetam toda a cadeia produtiva e alimentar da fauna da região, o que inclui nossos peixes e olha só, até nossos “passarinhos”.

Tudo isso vai afetar diretamente o pescador e de quem vive da pesca, depois serão os restaurantes, aí os turistas e então vamos apenas ficar com as lembranças dos pratos de siri e caranguejo, tão típicos da região. Se querem entender melhor o que digo, peço para “passearem” nas proximidades dos barracões de fertilizantes em Paranaguá, onde nem cachorro ou pombo sobrevivem.

O problema não é o porto em si, mas sim os impactos por ele gerados. Por isso, pergunto:

- Como a prefeitura pode ignorar isso?

- Por que não abre o assunto para uma discussão com as populações das cidades diretamente atingidas, no caso Antonina e Morretes?

Portanto, convido e convoco a todos para participarem da sessão na Câmara Municipal, que será na terça-feira (14/02), às 19h30, pois pretendem aprovar o Projeto de Lei 075-2011. Vamos lá e olhar na cara de cada um dos nossos representantes que votarem a favor, pois serão eles os responsáveis pela destruição de Antonina.

Marcos Maranhão