sábado, 8 de setembro de 2012

Notícias da Campanha XVIII - Depois de longo e tenebroso inverno...

...no qual fiquei presa, inválida como soe ser uma velhinha destemperada, que se põe a carregar a coisa mais linda da neta mais nova (um ano e cinco meses) no colo, pra lá e pra cá, porque ela cisma em trepar em coisas perigosas, como encosto de sofá, cadeiras sem braços e sem segurança, camas altas, puxando tomadas dos fios, escrevendo xmpr3#4$ nos computadores com muita seriedade e segurança, além de apertar todos os botões de todos os milhares de controles da casa, tornando sem serventia tv, aparelhos de som, jogos dos netos mais velhos. Essa é a Mariana, que nasceu no fatídico dia 11 de março do ano passado, quando todos nós estávamos incomunicáveis. No dia do terremoto e do tsunami no japão. No dia em que os antoninenses se depararam com a natureza balançando seus braços e pernas. 

     Estive por 15 dias em SP e MG, por conta da Mariana e da Catarina e do Tiê. Daí fiquei com as cadeiras derreadas, e tome analgésicos e quiropatas. Mas voltei, meio torta, meio manca, e estou aqui, na guerra.

  Nessa volta tomei conhecimento da reviravolta da campanha, com Vitória, a rainha  de copas, desmilinguindo-se como se fosse o Serra. E a estrela vermelha subindo, com Zé Paulo e Vanda, iluminando os olhos e a cabeça dos antoninenses, contra o vento e contra a vontade da elite. Até a tentativa daqueles ilustres conhecidos de se vestirem de novas roupagens sendo desmascarada. Tem gente que não se lembra (até meu querido amigo incondicional), mas dupla de "novos" secretariou a rainha Vitória. Numa época em que as creches foram fechadas pela Secretaria da Assistência Social (cujo secretário era quem?) e que o carnaval foi arquivado (e quem era o outro secretário?). Numa época em que o asfalto das ruas (se houvesse) nunca passava pela porta dos desafetos. A Rua Nenê Chaminé era um imenso buraco. Nas escolas, professoras eram transferidas para o Cedro, Cachoeira, Bairro Alto, depois da inquisição. Crianças ficavam sem condução escolar se os pais não fossem seguidores da rainha. Mas foi farta em favores e concessões aos correligionários, que agora estavam a tirar seus fardões e brasões empoeirados do baú. Pois é, cedo demais.

     Gostei da fala do nosso simpático alcaide, que nos coloca no caminho do desenvolvimento, com a chegada da Techint. Mérito dele, e só dele, que saiu quebrando lanças para trazer a multinacional pros nossos braços. Tenho certeza que vai ter gente querendo roubar-lhe os louros, mas são só dele. 

     E segue o baile, que acaba no dia 7 de outubro. Enquanto isso, vamos comemorar o derretimento de Vitória!!!!!!