sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O vídeo bomba ! Dantas suborna no jn. STJ e Gilmar ignoram | Conversa Afiada

O vídeo bomba ! Dantas suborna no jn. STJ e Gilmar ignoram | Conversa Afiada

"Causos" de Antonina III


III – Seu Chiquinho
Seu Chiquinho, todo mundo conhece em Antonina, é o agente funerário. Imaginamos as mil e uma histórias que tem para contar. Mas ele nos presenteia com suas reminiscências de juventude, muito antes de ser a última pessoa a cuidar de nossos negócios. Seu pai era um comerciante pobre. Em 1951 foi para Paranaguá, trabalhar no Banco Brasileiro de Descontos, indicado por dona Rosa Pantaleão. Lá o chefe era Jobel, figura conhecida e patrimônio vivo de Antonina. Ele dava plantão no Clube “Rio Branco Futebol Clube” e lá assinava cheques do banco e despachava os documentos que os subordinados lhe apresentavam. Na maioria das vezes estava no Bar do Alcides, ao lado do campo.
Seu Chiquinho tinha uma tia, Porcina, que esteve noiva de um sujeito chamado José Pinheiro por 25 anos. O noivo passava a vida a passear no seu sítio, e chegava a ficar meses por lá. Um dia, apareceu na cidade o Chico de Mola, que roubou dona Porcina e casou-se com ela em uma semana. O ex-noivo comentou com os outros que a noiva tinha muita pressa para casar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Limpeza no porão

No domingo passado fiz uma limpeza no porão. Meu porão não se compara ao Mistério. Não tem gerações nos separando, nem tantas lembranças que me remetam ao sonho. Mas elas são um rastro da minha vida nesta cidade. Desde que aqui cheguei, periodicamente, faço uma limpeza no porão. Vão para reciclagem garrafas de vinho com desenhos originais, milhares de vidros de conservas, sapatos descartados, pedaços de aparelhos elétricos e eletrônicos. Revistas velhas. Jornais, embalagens de sabão em pó, amaciantes, coisas que escaparam na última limpeza, mas que agora vão. Fazendo uma analogia com essa limpeza, imagino que volta e meia faço isso com a minha cabeça, e encontro nos rincões mágoas adormecidas, raivas conservadas em embalagens descartáveis. Sonhos mal concebidos, planos que foram abandonados, amores que nem chegaram a ser. Um dia desses já fiz a limpeza e esvaziei minha alma. Confesso que sem mágoas e rancores a gente se sente meio perdida, mas também tem o alívio de olhar para dentro e ver aquela área limpa e cheirosa. Gavetas arrumadas, com as coisas muito bem resolvidas, que alívio. E um ou dois arrependimentos: porque joguei aquela rosa seca fora? que fim levaram os poemas de fulano? Mas nada se compara ao cheirinho de coisa limpa que domina o recinto depois da faxina. Aleluia!!!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Autuação dos Portos de Paranaguá e Antonina

Meio Ambiente

2 de setembro de 2011 19:05

Autuação e embargo dos Portos de Paranaguá e Antonina foram “imaculados”, diz Justiça Federal

Da Assessoria de Comunicação do Ibama.


No dia 22 de agosto de 2011, a Justiça Federal em Paranaguá decidiu os dois processos em que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) contestava a autuação por funcionar sem licença de operação e o embargo dos portos pelo Ibama, em 08/07/2010. Nas ações, a APPA, além da suspensão do embargo, requeria indenizações por danos morais e prejuízos econômicos.

Nas decisões, o Juiz Federal Marcos Josegrei da Silva destaca a correção do auto de infração, no valor de R$ 4,8 milhões, e do termo de embargo aplicados pela fiscalização do Ibama, dentro do princípio da precaução, bem como o descaso da APPA com relação à sua regularização ambiental ao longo de várias administrações, que motivou a aplicação das penalidades administrativas pelo órgão ambiental. “O Ibama, por sua vez, diante do longo tempo decorrido desde 2003 e do risco que as operações portuárias sem o devido processo de licenciamento ambiental e plano de emergência individual causa à comunidade do entorno, utilizando-se do exercício regular do poder de polícia, decidiu, de forma acertada, embargar as atividades do porto, o que culminou com a lavratura do Termo de Embargo 440222-C”, afirma uma das decisões.

O embargo foi suspenso à época por meio de liminar. Agora, com o julgamento tanto da Medida Cautelar Inominada, na qual foi concedida a liminar, como da Ação Ordinária, a autora APPA, além de não ter acolhidas as suas demandas, foi condenada a arcar com os honorários advocatícios e as custas dos processos.

O processo administrativo no Ibama, gerado pela autuação da APPA, foi julgado administrativamente no dia 15 de agosto, ficando mantidos o auto de infração e o termo de embargo aplicados, com a multa majorada de R$ 4,8 milhões para R$ 9,6 milhões. O embargo, que havia sido suspenso pela liminar inicial, não está em vigor, segundo a Justiça Federal, por força de um termo de compromisso assinado pelo Ibama e pela APPA, posterior à autuação e ao embargo, uma vez que ficou acertado novo cronograma visando à regularização ambiental dos portos.

Fonte Twitter: https://twitter.com/#!/RonilsonPaz

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Causos" de Antonina - II


Dona Iza
Contadora de histórias conhecida na cidade, dona Iza, professora e catequista querida por todos, fala que o cemitério do Bom Jesus e a Igreja do mesmo nome foi construída por antepassados seus e doada à cidade. Ela cresceu brincando no cemitério com as irmãs e amigas. Parece uma atividade estranha hoje em dia, mas antigamente as pessoas visitavam os cemitérios e eles faziam parte da vida e da morte, de forma natural. Os túmulos, com lápides de mármore, contavam história de quem ali estava. Havia muitas crianças enterradas, vítimas da febre amarela e da gripe espanhola.
Um dos túmulos sempre a impressionava, porque pertencia a sua família e continha na lápide a seguinte inscrição: 1873 – Antonio – 8 anos Hipólito – 16 anos – Vítimas da Vingança. Resolveu perguntar à sua mãe, que lhe contou a seguinte história:
Por volta de 1860 , um de seus parentes, pessoa de certa projeção na comunidade, foi designada como juiz da cidade. Naquele tempo, não havia como colocar um magistrado no cargo, ninguém queria vir para uma cidadezinha pequena como era Antonina. O nome dele era Jó Balduino Lopes, casado com dona Guiomar. Pois bem, nesse mesmo tempo havia também um bandido muito temido por todos, cujo apelido era Veado. Ele morava numa chácara no morro onde hoje é a Caixa D’Água.
Um dia, uma criança subiu num pé de laranjas e começou a comer as laranjas da chácara do homem de maus bofes. Ele disse: Olhe só que passarinho danado, comendo minhas frutas! E sacou da espingarda, atirou e matou a criança.
Foi intensa a comoção na cidade. A mãe da criança ficou em desespero e todos queriam que o assassino pagasse pelo crime. Entretanto, Jó, que era uma pessoa do povo e que fora incumbido de julgar o crime, teve muito medo do bandido, porque ele ameaçava matá-lo e à sua família quando saísse da prisão. Jó inocentou o criminoso e ele foi solto.
Quando a mãe da criança soube do resultado do julgamento, ficou muito revoltada. Dizem que ela lançou, numa frase, a seguinte profecia: “Meu filho não ficará sem vingança.” Dois meses depois, o filho mais novo do juiz morreu afogado. Em seguida, seu filho de 16 anos, e assim, sucessivamente o juiz e Guiomar foram perdendo seus filhos. Seis deles morreram em 11 anos. A mãe tinha a face deformada de tanto chorar a morte deles.
O túmulo da família no cemitério confirma a história. No seu entorno as datas das mortes selam a vingança da mãe inconformada.

Eduardo e Mônica - O filme