sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Escreva Lola Escreva: ATAQUES A JOANNA MARANHÃO SÃO PROVA DA INTOLERÂNCI...

Escreva Lola Escreva: ATAQUES A JOANNA MARANHÃO SÃO PROVA DA INTOLERÂNCI...: Desde a semana passada, em posts que não têm nada a ver com as Olimpíadas Rio 2016, tem aparecido trolls com o único propósito de... xing...

Privatização da PETROBRÁS em andamento.

David Bacellar:

Hoje o meu convite é para reflexão do que vem sendo discutido e apresentado sobre a Petrobrás. Será que a saída é a privatização?

O novo plano de desinvestimento “voltou” a ser discutido com maior velocidade, após Pedro Parente assumir a presidência da Estatal.  A redução de custos e aumento da receita são os principais focos desse planejamento, deixando claro a continuidade da pretensão em privatizar boa parte da Companhia. Mas, porque o “novo” plano está sendo projetado para 2017/2021, modificando o anterior que era 2016/2020? Aonde foi parar o ano de 2016?

Segundo a jornalista Claudia Siqueira, na sua matéria publicada no dia 27 de julho de 2016, “Em vez do esperado período 2016-2020, o novo plano está sendo revisto com projeção para o horizonte de 2017-2021, deixando de fora 2016, ano dado como perdido, já que a aprovação e a divulgação estão previstas para ocorrer entre o fim de setembro e o início de outubro.“

E a venda de ativos, como anda?

De acordo com Ramona Ordonez, em matéria veiculada no O Globo do dia 02 de fevereiro de 2016, “A Reduc e a Regap são da década de 1960, mas têm recebido investimentos para modernização nos últimos anos, para assegurar a qualidade dos combustíveis produzidos. A Regap tem capacidade de refinar 151 mil barris por dia, e a Reduc, outros 250 mil — é uma das maiores do país. De acordo com seu projeto original, o Comperj previa duas unidades de refino, com capacidade para processar 165 mil barris diários de petróleo, cada. Segundo uma fonte, o Comperj será apenas uma refinaria para produzir combustíveis, tendo sido totalmente abandonado o sonho de se construir um complexo petroquímico na região. Quando foi anunciado, em 2006, o Comperj seria um complexo para fornecer matérias-primas para a indústria petroquímica. As obras já consumiram cerca de US$ 15 bilhões, e nem a primeira unidade de refino foi terminada.”
Além disso, os patrimônios vendidos atingiram o valor de US$ 4,5 bilhões e inclui, a Carcará (US$ 2,5 bilhões), a Petrobrás Argentina (US$ 897 milhões), a Petrobrás Chile (US$ 464 milhões), os 49% da Gaspetro (US$ 540 milhões) e os ativos da Bacia Austral, na Argentina (US$ 101 milhões), segundo dados do site Brasil de Fato.

E o pior é que a privatização da Petrobrás continua em ritmo acelerado, a direção da empresa está negociando a venda de outros ativos importantes, como a BR Distribuidora, a Liquigás, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), terminais de GNL, Termelétricas, Campos Terrestres, Campos em Águas Rasas, Fafens, a Petroquímica Suape, a Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) e parte do gigantesco Campo de Libra no Pré Sal.

Para completar no dia 29 de julho, o Conselho de Administração da Petrobrás aprovou a venda da participação no bloco exploratório BM-S-8 norueguesa Statoil Brasil Óleo e Gás por R$ 8,5 bilhões. Todavia, como justificar essa venda se o campo de petróleo renderia R$22 bilhões?

Companheiros e companheiras, já passou a hora de nos juntarmos e unirmos mais forças para combater o processo de sucateamento que está acontecendo com a nossa empresa.É necessário a participação dos petroleiros e petroleiras, além do povo brasileiro, pois a nova administração da Estatal está concentrada no plano de desinvestimentos, sem pensar nas consequências para a vida dos trabalhadores.

Pra não se foder, o taxista cobrou certo(Vontade vs Desejo-frag6-Clóvis ...

domingo, 7 de agosto de 2016

As Duas Histórias do Almirante Othon (do GGN)

Aliança pelo Brasil
As duas histórias do Almirante Othon
por J. Carlos de Assis
Há duas formas de contar a história do almirante Othon Luiz Pereira da Silva, o herói do programa nuclear brasileiro condenado a 43 anos de prisão por um juiz entreguista e vaidoso cujo nome não vale a pena mencionar. A primeira é simples e direta: o Almirante, segundo o juiz, é um cleptomaníaco pervertido que não suportou a tentação de pegar uma propina da Andrade Gutierrez, construtora de Angra 3, no valor divulgado de 4,5milhões de reais. Assim, por esse ato de corrupção explícita, atirou no lixo os registros de uma notável carreira militar e de uma carreira científica ainda mais destacada, relatadas com inigualável acuidade pelos jornalistas Mauro Santayana e Luís Nassif em vários sites na internet.
A outra história é a seguinte. O Brasil, país ainda em desenvolvimento, se meteu, à revelia e contra as imposições dos Estados Unidos, a desenvolver um programa nuclear de primeiro mundo do qual resultou uma tecnologia de ponta em centrífugas para gerar urânio enriquecido, um produto nuclear ultrasensível. Para o comando dessa tarefa designou o Almirante Othon, por sua notória especialização na área. Ele saiu-se maravilhosamente bem. Os americanos, através da Agência Internacional de Energia Atômica, quiseram bisbilhotar as centrífugas já que, com todo o potencial científico que tem, dispõem de uma tecnologia de enriquecimento menos eficiente. O Brasil recusou-se a abrir a exibir a tecnologia das centrífugas e os norte-americanos, pacientes como são, decidiram ficar de tocaia.
Com os recursos do seu poderoso sistema de informação, a espionagem norte-americana, que há muito vinha seguindo, sem sucesso, a trilha do Almirante Othon no mercado negro de peças e equipamentos da indústria nuclear, necessários para o desenvolvimento do programa nuclear brasileiro, obviamente só possíveis de serem compradas com caixa 2,encontrou no Judiciário do país um sócio perfeito para revelá-la. De fato, a Lava Jato não tem nada a ver com Angra 3, e a extensão das investigações a esta última só foi possível porque informações paralelas de Curitiba foram vazadas para ela. E, claro, tudo isso tinha uma rede básica de informação a partir da espionagem norte-americana: os “amiguinhos” do juiz Sérgio Moro, que frequentemente o cumulam de honrarias.
Qual desses dois roteiros é mais plausível? Esse último, conforme os italianos, si non é vero é bene trovatto! Pessoalmente, rejeito a primeira hipótese, a de corrupção. Não se encaixa na biografia do Almirante. E estou convencido de que, caso o Almirante tenha pedido “propina” às empresas construtoras de Angra 3, seu objetivo era formar com esse dinheiro um caixa 2 para comprar para as centrífugas equipamentos nucleares no mercado negro, já que os países monopolistas da tecnologia nuclear não os vendem de forma regular. Claro que o Almirante não poderia dizer isso aos empresários que estava fazendo um caixa 2 para ajudar o Brasil a desenvolver a tecnologia nuclear. Estaria revelando um segredo de Estado. E não pode revelar também para o juiz porque não se revela esse tipo de segredo a ninguém inconfiável.
O lado ainda inexplicável dessa história é o papel desempenhado pela Marinha e as outras Forças Armadas. Elas deveriam ter levantado imediatamente a bandeira do segredo militar quando o Almirante foi preso pela primeira vez. A conclusão é que ou estão todos comprometidos com segurança para os norte-americanos, ou são desatentos com a Defesa brasileira. A propósito, o contra-golpe na Turquia, que interpretei corretamente aqui antes que qualquer outro comentarista, revelou a estreita cumplicidade do sistema judiciário turco com a CIA e o Pentágono. Não sei se é também nosso caso. Entretanto, os caminhos perseguidos pela Lava Jato e pelo processo de Angra, com a agressividade da condenação dos que não fazem delação premiada (ou revelam segredos de Estado), nos deixam em profunda suspeição.
P.S. Um criminoso de guerra a serviço dos nazistas, Werner Von Braun, recebeu total cobertura do governo norte-americano para escapar da Alemanha e da forca, nos últimos dias da guerra, pelo simples fato de ser um cientistas de primeira linha e não obstante milhares de vítimas de suas V1 e V2 lançadas sobre Londres. Nos EUA, chefiou o programa de mísseis que, na parte civil, levou o homem à lua. Tornou-se herói nacional. É assim que os EUA fazem com os homens de ciência que servem ao interesse nacional. Aqui, recompensam-nos com 43 anos de prisão!