domingo, 28 de agosto de 2011

Domingo Pasmacento e a greve da UFPR

A chuva deu um tempo e ainda agora até sol havia ali no meu quintal. Tratei de lavar e estender as roupas da semana (uniformes de escola, lençóis e toalhas, milhares de meias e panos de prato). E isso feito, me resta a pasmaceira de domingo. Canais espanhóis, passarinhos destruindo as ameixas que havia deixado no pé pra Iara e esqueci de avisar. German no topo da ameixeira comendo junto com os passarinhos e os marimbondos. Eu com meus botões fico aqui imaginando se volto pra Universidade. Porque tenho que pesar o fato de que não vou ser professora de português. Queria sempre ir à Universidade e me formar advogada, cheia de leis que defendessem ideias. Ser professora aos 65 anos, que é quanto vou ter daqui a três? Dar aulas para pequenos leitores? Para adolescentes que vão me olhar como uma marciana? Ou deixar tudo isso e procurar uma escola de filosofia? Ou dar conta da casa, com contas para pagar, roupas para lavar, comidas para cozinhar e servir? Meu Projeto de Aprendizado me encanta, com as mulheres antigas me passando receitas de suas infâncias, eu quero muito terminar esse livro de histórias e receitas. A greve continua, pelo que sei, e me dá uma margem de tempo para pensar e decidir. Será que vou, será que fico? E aí, grevistas guerreiros, muitos fura-greve? No meu tempo a gente chamava de pelego. Tem pelego na UFPR Litoral?

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