Aprenderia a tocar bandoneón, claro.
Seu projeto de vida era um bandoneón velho, platino, passional.
Seria um botequim miserável. Ela estaria na platéia, indefinida,
submersa na fumaça azulada, escondida a média luz.
Somente seus olhos oceânicos seriam visíveis.
Deles viria a luz necessária, o sopro de ar marítimo.
Navegaria neles o seu tango e os acordes seriam como acordes rajadas de vento.
Ela estaria no seu peito e na sua melodia bêbada.
Sua música marginal incomodaria as normalidades.
Aprenderia a tocar bandoneón e ela seria a dor infinita, o sangue sujando os punhais.
Mas ela seria, siempre, a flor solitária e definitiva.
Seria a estrela distante e grave.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
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