terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O chacareiro feliz

 Faz alguns anos eu morava em Antonina. Eu a e a mana (tia Célia) tínhamos, todos os anos, que fazer prova de vida em Paranaguá. Íamos no ônibus de linha de Antonina a Paranaguá, passando por Morretes. No meio do caminho, uma vez, subiu um rapazito, muito alegre, que conversava com as pessoas. O ônibus, cheio, pessoas em pé, eu sentada, a mana em outro banco. O rapaz sentou ao meu lado e era dessas pessoas que conversam, ao contrário de mim. Ele não desistiu dos meus monossílabos,. Falou de sua vida em Morretes, um sítio em que vivia com sua mãe e criava, plantava e vendia. E foi dizendo coisas que começaram a me encantar. Uma simplicidade sem limite, E disse assim: "sabe essa história de depressão? Pois não existe depressão se uma pessoa tiver uns cabritinhos no quintal! Duvido!". PRONTO!!!!! Me disse da alegria que ele tinha todos os dias de sua vida de pessoa simples, ao abrir as janelas de seu quarto para os cabritinhos pulando, alegres pelos simples prazer de estarem ali no quintal. E aminha vida e meu sonho de mundo perfeito se resume em um quintal cheio de cabritinhos pulando, numa praia deserta, cheia do barulhos das marés, meus netos em férias, eu cheia de de livros pra ler e escrever. Paraíso!!!!!! Onde será que está o filósofo da minha existência, tantos anos depois?????









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