sábado, 5 de março de 2011

E agora, a quatro dias do dia Internacional da Mulher, ocorreu-me de novo, inevitavelmente, a discussão que todo ano me apresenta: qual a discussão que devo fazer? Sempre me revolta os festejos programados das repartições públicas, das empresas, das reuniões civis e comunitárias, quando elas tratam o dia com a banalidade de ofertar flores e homenagens às mães, avós, senhoras das sociedade que militam na tarefa de parecerem para sua platéia mulheres plenas de dons femininos. Doadoras de bens perecíveis, incentivadoras dos mais tradicionais predicados. Este dia é dedicado às mulheres que mudaram a sua realidade e a de outras companheiras. Mulheres que lutaram contra a injustiça, a violência, a discriminação, o preconceito. Mulheres guerreiras como minha presidenta, mulheres corajosas como Maria da Penha, mulheres de fibra como tantas domésticas anônimas, mulheres mães como as moradoras de favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Salvador, de Pernambuco. Mulheres como dona Zilda Arns, como minha Senadora Gleisi Hoffman, como Marta Suplicy. E como as mulheres cubanas, as mulheres iranianas, as mulheres egípcias, as mulheres iraquianas, as mulheres africanas, essas últimas todas em um continente humilhado, maltratado, despossuído. Mulheres pobres, que lutam para que não falte o pão aos filhos e aos netos. Essas são as mulheres que saúdo, nesta semana em que se comemora mais um ano de luta contra a violência, contra o preconceito, contra o machismo. VIVAM AS MULHERES BATALHADORAS PELA DIGNIDADE!

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