Quem afirma que as pedras têm que rolar, convém localizar-se.
Antes da inevitável queda é interessante reunir os bois,
vacinar os filhos, fechar as janelas e contar os vivos que restam.
Afinal, ainda que você diga que o sonho não acabou, eu sinto muito:
o cadáver apodrece na rua e o fedor incomoda.
Quem oculta as palavras possíveis e impede o parto do poema
que os olhos dela instalam no meu peito,
deve recolher os seus trapos, rever os apontamentos, pagar as contas,
arrumar a cama, procurar o padre e revelar sua última vontade.
E não corra, meu amigo: eu vou pega-lo.
Agora, veja bem, se você individualiza seu projeto e
tranca sua utilidade coletiva numa sala de espelhos,
melhor tomar cuidado: eu estou por perto e, tenha certeza, individualizarei teu funeral.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
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